terça-feira, janeiro 22, 2013

Ainda a posse de Obama




 
 
Há quase um ano atrás em Washington participei, pela segunda vez na vida, no National Prayer Breakfast, onde tive a ocasião de presenciar e ouvir, à distância de apenas uns poucos metros, o discurso do presidente Obama.
 
Se o recordo hoje é porque, ao contrário do que tinha sido o teor da sua intervenção no ano anterior (mais na primeira pessoa, sobre a sua experiência de fé cristã) a intervenção de 2012 foi muito política e tendo como conteúdo essencial a defesa das suas políticas "sociais" usando uma hábil analogia com a história da vida pública e pregação de Jesus. Não gostei, confesso, e como eu creio a maioria da sala.
 
A memória desta intervenção veio-me com as referências que hoje vi na comunicação social ao que terá sido o conteúdo do seu discurso ontem na tomada de posse pública como presidente dos Estados Unidos, chegando ao ponto de trazer à baila (sem surpresa, é infelizmente verdade) os temas mais "de ponta" de um discurso aguerrido de quem tem uma agenda (dita progressista) e está decidido a levá-la a cabo, sem as inibições que terá experimentado no seu primeiro mandato.
 
Se por um lado é de temer o pior (não uma tragédia porque graças a Deus lá está o Congresso para o travar...) por outro não se pode deixar de invejar a situação: um presidente que foi eleito e confortado nesse apoio pretende realizar as suas ideias e conta com o apoio dos seus no Congresso e do povo que o elegeu para isso. O que não se pode dizer seja bem o caso em alguns países europeus e no nosso em particular... 


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