terça-feira, janeiro 08, 2013

Câmara de Lisboa, Bragaparques e Parque Mayer




Estive a ler a notícia hoje no Público "Caso que fez cair a câmara de lisboa em 2007 começa a ser julgado amanhã" e, não conhecendo os contornos precisos do caso, fiquei sem perceber porque é que os factos estão a ser julgados. A própria notícia (falando da acusação) afasta que tenha existido por parte dos acusados (Carmona Rodrigues, Fontão de Carvalho, Eduarda Napoleão) qualquer benefício que tenham obtido das decisões políticas tomadas. Quanto muito percebe-se que, de acordo com a notícia (a ressalva é necessária porque uma notícia vale o que vale), avaliado hoje, o negócio parece ter sido mais benéfico para a Bragaparques do que para a Câmara (como acontece em tantos negócios por esta vida fora). E também (lamento de saudoso da Feira Popular e de lamentoso que o projecto de Santana Lopes para o Parque Mayer não tenha avançado) é verdade que não se percebe olhando para a realidade hoje o que de útil resultou para Lisboa (vide lamentos atrás). Será que não estamos mas é perante mais um daqueles casos de fazer política por via de tribunal e os juízes a substituir-se aos eleitores? Ou é apenas a sequência lógica e obrigatória de uma manobra que estava pensada para deitar abaixo o governo duma Câmara?

Não conheço pessoalmente os acusados mas apenas indirectamente (por amigos ou conhecidos comuns). E nunca em nenhuma circunstância ninguém me insinuou seja o que for de desonesto em relação a eles, antes pelo contrário (e sabe Deus como a má-língua é grande neste país e na política em especial...!). Além disso fizeram parte da equipe duma pessoa que se conta entre as que mais serviram Lisboa e que não fora as circunstâncias muito mais teria feito: Pedro Santana Lopes. Tudo isto que me leva a desconfiar os acusados estão a passar pelo que não merecem nem se justifica. Claro que é fácil dizer "a Justiça funcionará", mas entretanto e em condições muito desagradáveis denegriram-se pessoas...e isso não há compensação posterior que valha...

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