quarta-feira, janeiro 02, 2013

Orçamento do Estado e Cavaco Silva: qual o caminho?



Tenho sempre aqui manifestado confiança no Governo e na condução que faz das políticas sociais, económica e financeira. Quanto à familiar, por inexistente, estamos falados (sobre este tema ver o que disse o Patriarca de Lisboa ontem no Dia Mundial da Paz)...

Essa confiança deriva de sinais objectivos (quase todos das intervenções e entrevistas de Carlos Moedas e outras das de Vitor Gaspar), da necessidade de como sociedade temos de acreditar que quem governa fá-lo com intenção de servir o bem comum e usando o melhor das suas capacidades, da minha confessada perplexidade perante as propostas em jogo e também de uma esperança de quem sabe que Deus não abandona o seu povo e por isso, em última instância, tudo acaba bem e corre para onde deve correr.

No entanto confesso que às vezes assalta-me a dúvida...e essa é para mim o resultado da comunicação ontem do Presidente da República. De muitas das suas afirmações pode concluir-se que talvez não seja este o caminho, ou que o caminho só pode piorar, ou que há que mudar de caminho, pelo menos em alguns pontos. Ou não? E se nesses pontos ele tiver razão?

Aqui do meu canto de militante partidário e também dirigente de movimentos da sociedade civil parece-me que o caminho para nós, que não governamos, só pode ser um: tentar suprir as lacunas, explicar o que não é claro nem explicado, sugerir aprofundamentos do caminho, reforçar a aliança com o governo para que todos um dia saíamos incólumes, ou pelo menos tanto quanto, deste "pesadelo" absurdo em que estamos mergulhados (a crise financeira também e a crise moral, primeiro). E rezar. Por quem nos governa. Para que Deus lhes dê coragem perante as dificuldades, engenho perante os obstáculos, inteligência nas decisões. Para isso contam comigo.

Nota: resisti aqui heroicamente a ironizar sobre a bondade da escolha de candidato a presidente da república que os dois principais partidos do centro-direita fizeram nas últimas eleições...devem ser resquícios do espírito natalício...;-)
Mas que tal umas primárias antes das próximas eleições presidenciais...?

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