segunda-feira, março 05, 2012

Deve ser tão dificil governar...!




A reflexão do título deste post é-me suscitada pelo email abaixo de que desconheço o autor e que reproduzo não só pela instintiva objecção que me suscita a supressão de feriados, como pelo contra-peso que é dado ao respectivo custo pelos dados compilados por quem o escreveu.

O que me coloca na situação complicada de simultâneamente o subscrever (salvo os laivos esquerdistas do mesmo mas que achei devia deixar por respeito da autoria...;-) e ao mesmo tempo não poder deixar de dar um voto de confiança a quem actualmente nos governa e que suspeito está  a fazer o melhor que pode e sabe...

Ora, se eu estou assim, imagino como esteja um governante a quem também se colocam múltiplas opções, todas ou quase todas podendo parecer razoáveis e/ou justificáveis e que no entanto tem de decidir por uma das hipóteses e depois defendê-la e justificá-la...

Deve de facto ser tão dificil governar que cada vez percebo melhor porque é que não há práticamente Oração dos Fieis nas Missas em que não se reze em múltiplas fórmulas por aqueles a quem cabe esta dificil missão de condução dos povos e dos países...!

Valha-nos no meio disto o sentido de humor como o da imagem que me chegou noutro email...;-)

O email acima referido é este:

A propósito do “mito” do “Excessivo número de feriados” em Portugal, reparem no número de feriados dos vários países da União Europeia: 18 (Grâ-Bretanha), 17 (Alemanha, sim, a Alemanha...;-), 16 (Eslováquia), 15 (Áustria e Grécia), 14 (Portugal e Malta), 13 (Suécia, República Checa, Finlândia e França), 12 (Bélgica, Dinamarca, Luxemburgo, Irlanda e Hungria), 11 (Polónia e Itália), 10 (Holanda) e 6 (Roménia). 

A média dos feriados é 13. Portugal tem 14, apenas 1 a mais do que a média.
Só que há ainda outro pormenor interessante. É que de todos os países da União Europeia, Portugal tendo a sua independência em 1143, é um dos mais antigos. Por isso, é natural que feriados os feriados históricos como o 1 de Dezembro (dia da Restauração da Independência em 1640) façam todo o sentido.

Diz a propaganda paga a peso de ouro pelo grande capital [esta expressão penso denuncia a origem do email...lol!] que cada dia de feriado custa 37 milhões de Euros à economia portuguesa. Nem eles explicam como são feitos esses cálculos. E, para além disso nem sequer mencionam que cada dia de feriado de quem trabalha é um dia de consumo, dando rendimento a lojas, restaurantes, hotéis, etc.
Por exemplo, o 15 de Agosto, que querem abolir é o feriado mais importante do país em termos de festividades populares e de reunião de famílias, principalmente nos concelhos que têm muitos emigrantes. Esse dia de feriado é um dos dias do ano onde mais se gasta em combustíveis e na restauração.
Depois há factores importantes como o descanso, o estar com a família e os filhos, que não se contabilizam em números.
No entanto, com casos como o BPN, as Parcerias Público-Privadas, subsídios à Banca e comissões à Troika (não acrescentando mais nada), sabendo que só num ano são gastos mais de 18 mil milhões de Euros, significa que cada um dos 365 dias custa 49.315.068,49 Euros aos portugueses.
Se atentarmos somente aos dias úteis de trabalho, tal montante ascende aos 80.000.000 Euros, desviados essencialmente para o sector financeiro. Mas, claro, que esta informação é omitida pelas televisões e telejornais.
Convinha que estas contas fossem feitas pelos jornalistas da RTP, da SIC, do Diário Económico e outros órgãos afins que, através da sua constante propaganda e desinformação tanto têm contribuído para ou roubo do povo português e destruição de Portugal. [aqui decididamente o autor do email exaltou-se...;-)]

E, claro que, nas suas crónicas ou espaços televisivos, jamais vão ouvir outros líderes de opinião falar sobre o assunto de forma séria. Eles são pagos precisamente para reforçar a propaganda e a intoxicação da Opinião Pública que, infelizmente, por não se informar, cai que nem um patinho e até aceita.

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