domingo, março 04, 2012

Matar recém-nascidos: como eles ficaram caladinhos...!


É impressionante como os abortistas estão mudos e a esconder-se depois da noticia do Público que reproduzo abaixo...não há posts no Blog Jugular, nem artigos da Fernanda Câncio (tão prestimosa a atirar-se a nós mal nós fazemos o minímo movimento...), nem Duarte Vilar da APF (a conseguir incrivelmente, deve ser uma nova "patologia", explicar que o mal é não haver educação sexual...lol!), nada...silêncio rádio. Mais embaraçadinhos do que com 100 declarações de Lídia Jorge...

Um juizo sobre o assunto:

1. "Não espanta nada" se defenda isto.  A diferença de uma criança no seio da sua mãe com uma já nascida é a respectiva visibilidade. E nos Estados Unidos já se faz o "aborto do pré-nascimento": no dia do parto, puxa-se a cabeça da criança para fora e assim se a mata com uma agulha que lhe atravessa o cérebro...uma barbárie! E na lógica destes fracturantes está tudo isto: pedofilia (chamado amor entre gerações), incesto (por que raio não há-de um irmão estar com uma irmã, se são adultos e o consentem , até não viveram juntos, porque são por exemplo filhos de pais separados, se forem para Espanha ninguém os identifica e podem fazê-lo, o chamado turismo incestuosos, não é para todos os casos mas apenas para aqueles que nunca viveram juntos ou só para os meio-irmãos, ou seja, a argumentação do costume...), infanticidio e eutanásia (na Holanda tem sido um massacre repugnante e agora é aplicada em crianças deficientes...!). Só para nomear aqueles objectivos que tem autores, doutrina e defesa em casos concretos.

2. Apesar da aberração que são tais propósitos mal estavamos se achassemos estes não podiam ser publicados. Uma revista é livre de ter os seus propósitos editoriais, tem o seu publico que a compra e lê, e cada um é livre de defender as asneiras que quiser. Foi por isso que em declarações à renascença, perguntado sobre este ponto defendi a liberdade de expressão destes autores e da sua publicação (e não foi por dar jeito ver esta gente a descobrir a careca e o que lhes vai no fundo em relação, citando Lídia Jorge, ás "coisas humanas")


Bioética

Artigo científico defende como moralmente aceitável a morte de um recém-nascido

02.03.2012 - 09:32 Por PÚBLICO

(Foto: Daniel Rocha)
Um artigo publicado na última semana de Fevereiro pelo Journal of Medical Ethics defende que deveria ser permitido matar um recém-nascido nos casos em que a legislação também permite o aborto. A polémica segue em crescendo. A autora do texto já recebeu ameaças de morte.
 O artigo em causa (clique aqui para a versão html , ou aqui para descarregar uma versão pdf, ambas em inglês), aceite por aquela publicação científica ligada ao British Medical Journal intitula-se “After-birth abortion: why should the baby live?”, que se poderia traduzir como “Aborto pós-parto: por que deve o bebé viver?”. É assinado por Francesca Minerva, formada em Filosofia pela Universidade de Pisa (Itália) com uma dissertação sobre Bioética, que se doutorou há dois anos em Bolonha e é uma investigadora associada da Universidade de Oxford, em Inglaterra. A sua polémica tese é a de que o “aborto pós-nascimento” (matar um recém-nascido”) deve ser permitido em todos aqueles casos em que o aborto também é, incluindo nas situações em que o recém-nascido não é portador de deficiência”.

Esta ideia – entendida pelos leitores mais críticos do artigo como um apelo à legalização do infanticídio – é a conclusão de um debate moral que a autora, em conjunto com outro investigador que co-assina o artigo – Alberto Giubilini –, tentam fazer partindo de três princípios: 1) “o feto e um recém-nascido não têm o mesmo estatuto moral das pessoas”; 2) “é moralmente irrelevante o facto de feto e recém-nascido serem pessoas em potência”; 3) “a adopção nem sempre é no melhor interesse das pessoas”.

Os autores sustentam, assim, que matar um bebé nos primeiros dias não é muito diferente de fazer um aborto, concluindo (ao contrário dos movimentos pró-vida) que desse modo seria moralmente legítimo ou deveria ser aceite que se matasse um recém-nascido, mesmo que este seja saudável, desde que a mãe declare que não pode tomar conta dele.

Face à polémica que se gerou em torno desta leitura, o editor do jornal veio a público defender a publicação do texto, com o argumento de que a função do jornal é a de apresentar argumentos bem sustentados e não a de promover uma ou outra corrente de opinião. Porém, outros cientistas e pares de Francesca Minerva qualificam a tese do artigo como a “defesa desumana da destruição de crianças”.

“Como editor, quero defender a publicação deste artigo”, afirma Julian Savulescu, num texto que pode ser consultado online. “Os argumentos apresentados não são, na maioria, novos e têm sido repetidamente apresentados pela literatura científica por alguns dos mais eminentes filósofos e peritos em bioética do mundo, incluindo Peter Singer, Michael Tooley e John Harris, em defesa do infanticídio, que estes autores denominam como aborto pós-nascimento”, escreve Savulesco.

As reacções viscerais ao artigo incluem ameaças de morte endereçadas à autora, que admitiu que os dias seguintes à publicação e divulgação do artigo foram “os piores” da sua vida. Entre as mensagens que lhe foram enviadas, há quem lhe deseja que “arda no inferno”.

“O que é mais perturbador não são os argumentos deste artigo, nem a sua publicação num jornal sobre ética. O que perturba é a resposta hostil, abusiva e ameaçadora que desencadeou. Mais do que nunca a discussão académica e a liberdade de debate estão sob ameaça de fanáticos que se opõem aos valores de uma sociedade livre”, sublinha o editor.

O artigo afirma que, tal como uma criança por nascer, um recém-nascido ainda não desenvolveu esperanças, objectivos e sonhos e, por essa razão, apesar de constituir um ser humano, não é ainda uma pessoa – ou alguém com o direito moral à vida. Pelo contrário, os pais, os irmãos e a sociedade têm metas e planos que podem ser condicionados pela chegada de uma criança e os seus interesses devem vir primeiro.

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