Aparentemente e como já aconteceu mesmo na anterior, a Greve Geral de hoje é um "flop"...até nos sectores tradicionais (como os transportes públicos) a coisa começa a abrir brechas e as declarações do novo secretário-geral são também sinal disso mesmo.
Era inevitável e só me admira como o PCP e a CGTP se meteram nesta...estava-se mesmo a ver. Na verdade na sua própria natureza a Greve Geral ou é insurreccional (como ensinava Georges Sorel) ou não é greve geral. E este ritmo de duas greves gerais em menos de seis meses não augurava nada de bom.
Se por um lado o facto me "alegra" (mostra que a sociedade portuguesa está a atingir um novo patamar de bom senso e a mobilização ideológica, etariamente datada, em recuo, com as possiveis futuras consequências eleitorais) por outro quase que me entristece. Por duas razões:
Independentemente da raiz ideológica (e que raiz...!) há no tecido social no qual a CGTP e o PCP se movem uma capacidade de intervenção e proximidade à realidade, uma energia civica, que em faltando deixa a sociedade e a política portuguesas mais pobres. É paradoxal mas é assim.
Por outro lado, e até pela amizade com uma dirigente da CGTP do respectivo sector católico, receio possa acontecer um desencanto e uma nostalgia nestes esforço nobres mas desesperados, que se podem deixar contentes os sectores burgueses do bloco central, em termos pessoais me dá pena possam acontecer, porque tanto quanto percebo a derrota política não é amparada num horizonte mais vasto nem ancorada sequer na perspectiva de uma vitória futuras da Razão e da Fé (como nos acontece nas movimentações da Vida e da Família).
E uma última observação: já com esta oposição social as consequências da crise são as que são. Imaginem as que não seriam se não houvesse esta resistência mesmo quando desrazoável ou desajustada...!?
Foi o diário da acção política de um deputado do PSD, eleito por Braga, e agora é-o de um cidadão que desejando contribuir activamente para a organização do bem comum, procura invadir esse âmbito (da política) com aquele gosto de vida nova que caracteriza a experiência cristã. O título "POR CAUSA DELE" faz referência ao manifesto com o mesmo título, de Comunhão e Libertação, publicado em Janeiro de 2003 (e incluído no Blog).
quinta-feira, março 22, 2012
Greve Geral de hoje: balanço além dos números
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