PSD "não retirou rigorosamente nada" sobre ligações à Maçonaria nas secretas - Teresa Leal Coelho
PSD "não retirou rigorosamente nada" sobre ligações à Maçonaria nas secretas - Teresa Leal Coelho
*** Serviço áudio disponível em www.lusa.pt ***
Lisboa, 03 jan (Lusa) - A vice-presidente da bancada social-democrata Teresa Leal Coelho afirmou hoje que o PSD não retirou "rigorosamente nada" do seu relatório que concluiu pela ligação de membros da maçonaria às secretas.
"O PSD não apagou rigorosamente nada", afirmou a vice-presidente da bancada do PSD, distinguindo o relatório social-democrata de um projeto de relatório - de que foi autora - que refletiria as conclusões subscritas por vários partidos no âmbito de um grupo de trabalho da Comissão de Assuntos Constitucionais.
Em conferência de imprensa no Parlamento, Teresa Leal Coelho afirmou ainda que as conclusões do relatório do PSD foram subscritas pelo líder da bancada, Luís Montenegro, que hoje não negou ser da loja maçónica Mozart, segundo o Expresso a mesma do ex-diretor do SIED Jorge Silva Carvalho.
"Este relatório foi elaborado e apresentado com a anuência do presidente do grupo parlamentar, doutor Luís Montenegro. Foi o doutor Luís Montenegro que, sem alterar uma vírgula, me pediu para apresentar o relatório com estas conclusões exatamente como ele consta na sua versão de 28 de outubro e que ainda hoje é o relatório do PSD", afirmou Teresa Leal Coelho.
A vice da bancada social-democrata explicou que, no âmbito das audições realizadas na primeira comissão sobre irregularidades no funcionamento das secretas, nomeadamente passagem de informações para empresas privadas e o acesso ao registo telefónico de um antigo jornalista do Público, foi constituído um grupo de trabalho para elaborar um relatório sobre as conclusões daquelas audições.
Como metodologia, cada partido elaboraria um relatório próprio e depois seria produzido um relatório comum a todos os partidos, que ainda não foi aprovado.
"O que é dito no relatório, uma vez que ele já é público, é que há insinuações, é que há indícios, relativamente a ligações de algumas pessoas, não só nos serviços de informações, mas também fora deles, e algumas lojas da maçonaria. Nós vertemos isso no relatório, mantemos o relatório", afirmou.
O jornal Público escreveu hoje que o "PSD apagou do relatório preliminar sobre as audições relativas aos serviços secretos, realizadas na primeira comissão parlamentar, as referências que indiciavam ligações de titulares de cargos de chefia e de direção da 'intelligence' à Maçonaria".
ACL.
Lusa/Fim