segunda-feira, janeiro 09, 2012

Proibição de fumar e liberdade

O Fórum da TSF de hoje foi sobre a alegada intenção do Governo de estender a proibição de fumar a todos os espaços públicos fechados, isto é, se isto for para a frente (e em tempos de fascismo sanitário não me espantaria que fosse), mesmo naqueles restaurantes ou outros estabelecimentos em que existe um espaço para fumadores, este será proibido...!
Primeiro que tudo uma declaração de intenções: o que me leva a pronunciar-me nesta questão é a preocupação pela questão da liberdade que vejo cada vez mais desaparecer (no caso, a liberdade de comércio e a liberdade de quem quer fumar, desde que não incomode o próximo, poder fazê-lo).
A essa declaração de intenções acrescento outra: num Estado em que é permitido tirar a vida a crianças por nascer e isso acontece a uma média de 60 a 70 por dia, não reconheço qualquer autoridade para em nome da saúde pública ou individual impôr qualquer regra que seja...!
Mas vamos ao cerne da questão: concordo que ninguém deve ser obrigado a apanhar com o fumo dos outros. E acho por isso razoável que em espaços públicos fechados (um centro comercial, um recinto desportivo, uma sala de espectáculos, uma loja, um transporte público, etc.) seja proibido fumar. Acho também razoável que seja dada a liberdade aos estabelecimentos que a requeiram de ser espaços exclusivos para não-fumadores (isto é sem sequer uma área reservada a fumadores). No limite admito que no interior de um recinto escolar mesmo se ao ar livre não se possa fumar.
Mas já acho completamente desrazoável (e justificador de uma saudável desobediência civil):
- proibir que existam estabelecimentos onde é possível fumar em toda a sua área ou em espaço reservado
- proibir (como sugerido por uns doidos que telefonaram para o programa...) fumar em espaços ao ar livre (como parques, praias, etc.)
- proibir que numa empresa onde todos o desejem, se fume alegremente no interior das suas instalações
Na verdade se começamos a impedir a liberdade individual, de empresa e do comércio, onde vamos parar?

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