segunda-feira, janeiro 16, 2012

Obama: parece uma embirração com o homem, mas não é...

Ás vezes até eu me convenço que às vezes parece temos (a direita mais façanhuda e/ou, sem equivalência, os católicos mais insistentes) uma embirração com o Obama que não merece ser alcunhado nem como uma fraude (como já aqui escrevi) nem tem nada de especial de que se lhe deva acusar e que justifique este desejo de que os Republicanos ganhem as próximas eleições presidenciais. Claro que é dificil não lembrar o fecho de Guantanamo (uma vergonha de facto, seja o lugar com as suas regras especiais, seja a demagogia e leviandade com que se pensou poder encerrá-lo...), mas, caramba, que mau-humor temos com o homem...!?

Depois a realidade impõem-se e notícias destas, lembram-nos que de facto é urgente correr com ele e este possa antes dos 51 anos (?) publicar a sua terceira biografia...;-) Senão, veja-se:

A verdadeira face de Barack Obama

A regra ABC [Anybody But Catholics] que Barack Obama começou a aplicar: “Todos, exceto os católicos”.

Os bispos norte-americanos não poderão receber fundos da Administração federal se não aderirem à cultura da morte.

Jorge Enrique Mújica/ReL

“Nosso programa funcionava bem no campo específico, mas não suficientemente bem para os distantes administradores que promovem a agenda do aborto e da contracepção; para aqueles que se escandalizam com o fato de que, em conformidade com os ensinamentos da Igreja, a Conferência Episcopal não promove a supressão de vidas inocentes, a esterilização e a fecundação assistida”.

São palavras da Irmã Mary Ann Walsh, porta-voz do Office of Migrations and Refugee Services, organização não-governamental de atenção aos migrantes e refugiados mais importante dos Estados Unidos. Promovido pelos bispos americanos desde 2006, atende 26% do total de imigrantes que chegam ao país, cobrindo um campo que o governo não consegue atingir, inclusive em aspectos como o combate à prostituição de mulheres imigrantes e o comércio de órgãos.

Precisamente por este trabalho o Office of Migrations and Refugee Services havia recebido apoio econômico do Departamento de Saúde e Serviços Humanitários dos Estados Unidos. Mas agora os fundos irão para o US Commitee for Refugees and Immigrants e para a Heartland & Tapestry que não se ocupam propriamente da imigração clandestina, mas do multiculturalismo.

A razão da retirada de fundos, não reconhecida explicitamente pela administração de Obama, é que o Office of Migrations and Refugee Services recusava a oferecer serviços de aborto. Os bispos americanos protestaram energicamente declarando que “parece existir uma nova regra não escrita do Departamento de Saúde. É a regra do ABC: Anybody But Catholics [Todos, exceto os Católicos].

De acordo com informações publicadas pelo periódico italiano La Bussula Quotidiana (14/11/2011), por detrás desta mudança se esconde o ACLU, que é talvez a associação para os direitos civis mais poderosa dos Estados Unidos, laicíssima e cheirando a lobby. Estes senhores pensaram em combater o governo americano por não haver obrigado a Conferência Episcopal a adequar-se ao protocolo ético sobre a reprodução firmado pelo governo americano.

Este protocolo obriga toda clínica que receba fundos do Estado a praticar abortos e esterilizações. Em tudo isto se manifesta uma dupla injustiça: a que se faz contra o Office of Migrations and Refugee Services e, em definitivo, contra os imigrantes.

Para dar um exemplo, segundo algumas estatísticas apresentadas pelo L’Osservatore Romano (“Novas exigências pastorais nos Estados Unidos”, 12/10/2011), o número de latinos nos Estados Unidos triplicará em 2025: de 22 milhões em 1990 para 66 milhões. Destes, os latinos católicos serão uns 40 milhões a mais em relação aos 13 milhões de 1990.

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